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Contratações aumentam em MT, mas o bom emprego ainda é um sonho – dicas

Plácido Evangelista de Souza, 34 anos, levanta todos os dias às 6h para trabalhar como motorista de aplicativo. Ele foi um dos 368.960 trabalhadores mato-grossenses que perderam seus empregos em 2016, ano em que o país atravessou a pior crise econômica de sua história e da qual ainda não se recuperou por completo. Administrador de empresas formado, precisou buscar alternativas para trabalhar após quase três anos buscando uma colocação fixa sem sucesso.


Plácido Evangelista de Souza, 34 anos, trabalhar como motorista de aplicativo em Cuiabá

No ano seguinte à demissão de Plácido, isto é, 2017, foram registradas 22 mil demissões a menos do que em 2016 no Estado. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Já no ano passado, 362.878 pessoas foram desligadas de empresas em Mato Grosso. O segmento do comércio foi o mais afetado com 102.377 demissões, seguido do setor de serviços, com 100.914 baixas e da área de agropecuária, que perdeu 78.029 funcionários.

O total de admissões, no entanto, foi superior ao de demissões em 2018. Foram 389.614 pessoas alocadas em vagas de emprego no último ano, o que resultou no saldo de 26.736 gerados, isto é, 67% a mais que em 2017. Somente em Cuiabá, surgiram 3.418 novas vagas no último ano e o setor de serviços foi o que mais contratou.


Economista Veneranda Acosta

“ Ainda é cedo para dizer que a situação do mercado de trabalho reflete melhoria na economia”

Apesar disso, para a economista Veneranda Acosta, ainda é cedo para dizer que a situação do mercado de trabalho reflete melhoria na economia, uma vez que o país ainda se recupera da crise. Ela também explica que em 2019 o mercado no Estado pode ser afetado por prejuízos do comércio exterior, especialmente os de compra e venda de commodities, ou seja, produtos oriundos do agropecuária.

“O mundo árabe suspendeu importações de vários frigoríficos brasileiros no ano passado, especialmente os que exportam frangos. Isso vem se repetindo neste ano. Mato Grosso é o maior exportador de carne, então, se houver prejuízos no setor, o trabalhador pode ser atingido”, explica.

A Arábia Saudita, líder entre os compradores de frango brasileiro, anunciou neste ano que suspendeu importações de 33 frigoríficos do Brasil. A decisão do país árabe pode ser uma resposta à declaração do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que disse ter a intenção de transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, em Israel, o que não teve boa receptividade.


Coach Dynair Souza diz que se destaca mais pessoa certa no lugar certo

Oferta e procura

Com o cenário instável e as vagas disponíveis no mercado se tornando mais escassas, o aumento da procura significa maior empenho por parte daqueles que buscam uma colocação. A avaliação é da master coach de carreiras profissionais e negócios, Dynair Souza.

A especialista afirma que um erro muito comum cometido na hora da busca por emprego é a aplicação desenfreada em vagas distintas. “É preciso, antes de tudo, fazer uma autoanálise, saber seus pontos fracos e pontos fortes. Passar por um processo de reflexão. Se foi demitido, analisar os motivos e ver o que é possível ser melhorado. Depois, ver se a vaga em que busca a colocação é a que melhor se adéqua ao seu perfil profissional”, destaca.

“É preciso, antes de tudo, fazer uma autoanálise, saber seus pontos fracos e pontos fortes. Passar por um processo de reflexão. Se foi demitido, analisar os motivos e ver o que é possível ser melhorado. Depois, ver se a vaga em que busca a colocação é a que melhor se adéqua ao seu perfil profissional”

Dynair Souza, master coach

Dynair também aconselha os profissionais a entregarem os currículos nas mãos dos empregadores ou dos representantes deles para que tenham a oportunidade de se apresentar.

Nos casos em que o empregador marca a entrevista, a dica é analisar as vestimentas requeridas para determinadas vagas e se preocupar em adotar postura condizente com aquilo que elas exigem.

Ela ainda lembra que as empresas usam testes de perfis comportamentais para verificar se o perfil do profissional se enquadra naquilo que a empresa precisa. “Não adianta ter capacidade técnica, é preciso ter inteligência emocional necessária para se posicionar, encarar as mudanças do mercado. É prudente demonstrar que está disposto a vestir a camisa da empresa, sem perder as características pessoais. Não adianta falar que é e não demonstrar isso na hora da entrevista. Se sua boca diz uma coisa e o corpo fala outra, o entrevistador sabe”, complementa.

Currículo

Na hora de fazer o currículo, o trabalhador deve deixar claro não apenas a capacidade técnica, mas também suas habilidades pessoais. A especialista pondera que a apresentação do currículo é tão importante quanto o que está dentro dele. “É a primeira impressão. Evite erros de ortografia e gramática, revise o que você digitou”.

O ideal é fazer um currículo com informações chaves, nem muito resumido e nem muito detalhado e incluir um resumo com as principais características do candidato, qual seu diferencial, porque a empresa deveria efetivar a contratação, o que tem de diferente que pode agregar à empresa.

Como o profissional está se “vendendo”, também deve deixar claro que está sempre disposto a aprender a evoluir. “Geralmente os mais flexíveis tem mais chances do que os que dizem sou assim e pronto”, conclui Dynair.

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