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Empreendedorismo na advocacia

  As  faculdades de Direito não tem em seus currículos disciplinas de administração e gestão, aprendemos as diversas áreas do saber jurídico, temos noção de filosofia, algumas tem a psicologia em suas grades, uma rápida passada em noções de economia, mas não aprendemos nos bancos da faculdade a empreender na advocacia.

            Assim, após a colação de grau e da batalha pelo êxito no exame de ordem vemos os jovens advogados perdidos sem saber como iniciar na carreira, chegam as dúvidas “é melhor iniciar como advogado empregado em um escritório maior ou arriscar e montar meu próprio escritório?”, “estou pronto para encarar os custos de um escritório sozinho ou preciso de um sócio?”. Infelizmente temos que dizer que essas indagações são apenas a ponta do iceberg, o jovem advogado precisa além de definir como iniciará na carreira, se fará um vôo solo ou não, aprender rapidamente sobre empreendedorismo, inovação e gestão.

            Não há mais espaço para o mesmo formato, o novo profissional precisa ter de cara um diferencial inovador, criar algo diferente e com valor. Como disse Robert Hisch  em seu livro “Empreendedorismo”, empreender “é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando tempo e esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas de satisfação econômica e pessoal”. E aqui não falamos em se colocar no mercado através das mídias sociais contornando dentro do possível os limites impostos pelo  Estatuto da OAB, é muito mais que isso, é se definir no mercado como um profissional diferenciado, iniciar seu escritório ou se inserir em um  disposto a criar algo novo, conhecer os riscos e ter ferramentas para minimizá-los, ou seja, correr atrás de conhecimentos que não aprendeu nos cinco anos de curso.

            O advogado empreendedor conecta recursos e age para criar soluções, mas isso só é possível quando este profissional conhece suas habilidades, competências, suas características de personalidade, tem um propósito definido e seus pontos de desenvolvimento devidamente estabelecidos, com planos claros para evolução. Em suma, precisa se autoconhecer e ter um plano de carreira, e ao lado disso precisa ter conhecimento do mercado, que implica na gestão de negócios e conhecimento das tendências.

            O negócio, ou seja, o escritório de advocacia, precisa passar uma modelagem, que consiste em articular e definir um conjunto de atividades que vão oferecer uma solução para uma demanda específica. Esse modelo de negócio precisa assim ter uma proposta de valor, que é exatamente a resposta a uma demanda. Assim, o jovem advogado deve conhecer e efetivamente utilizar o “Business Model Canvas” ou  como falamos para a área jurídica o “Legal Canvas”, uma ferramenta da administração  para modelagem de negócios no paradigma VUCA (volatividade, incerteza, complexidade e ambiguidade na tradução das iniciais para o português)    com 9 componentes agrupados em como,  o que e para quem, que se se mostra muito eficaz para modelagem dos negócios.

            O ponto de partida do Canvas é o segmento de Clientes, pensar em quem são os clientes, o que eles precisam, quais seus problemas, o que valorizam, o que sonham, quais os riscos que eles tem, os erros que cometem, o que facilitaria a vida deles, o que é sucesso para esse cliente. Depois passamos ao segmento de oferta de valor, ou seja, definir qual o problema esse advogado ajuda a resolver, que necessidade estará atendendo, que inovação está trazendo, que ganho de desempenho, personalização, preço, redução de custos ou conveniência ao cliente oferece. Depois a análise é dos Canais, a entrega, definindo por quais canais os clientes almejados querem ser contactados, como podem ser alcançados, como nossos canais se integram, qual funciona melhor, ou apresenta melhor custo/benefício, como estes estão integrados a rotina do cliente.

            Ainda no “Legal Canvas” pensamos no relacionamento, que tipo de relacionamento cada segmento de cliente espera que seja com eles estabelecido, por quais canais, qual o custo destes. Trabalhamos as Atividades Chave que é a oferta de valor, parte essencial pois nessa parte definimos exatamente o que oferecemos, as atividades fim e meio, o que podemos terceirizar ou não. Finalmente vamos aos Recursos, delimitando          quais os recursos fundamentais para a entrega da proposta de valor, quais desses recursos temos internamente e quais podemos acessar de terceiros. No modelo Canvas ainda pensamos estrategicamente nas parcerias chave e obviamente na estrutura de custos, que precisa ser muito bem definida para haver operacionalidade no negócio.

            Essa ferramenta básica é apenas uma das que estaremos trabalhando no programa “Advocacia 5.0 de sucesso” em linguagem própria da advocacia, no objetivo de auxiliar os advogados nas novas demandas considerando que o advogado mais que um profissional liberal é um verdadeiro empreendedor que precisa ter as características da iniciativa, persistência, capacidade de correr riscos calculados, oferecer qualidade e eficiência de serviços, ter comprometimento, estar sempre em busca de informações e novos conhecimentos, ter objetivos mensuráveis com indicadores de resultado, planejamento e monitoramento sistemáticos, boa persuasão e rede de contatos, além de independência e autoconfiança.

            Que tal começar hoje a pensar como um advogado empreendedor e buscar uma mentoria de advocacia especializada?

Autoras: Dynair Souza, Advogada, Master Coach,  Mentora de carreira e negócios, Professora e Palestrante, Cocriadora do programa Advocacia 5.0 de Sucesso   e Ana Lúcia Ricarte, Advogada, Gestora de Escritório, Mentora e Palestrante, Cocriadora do programa Advocacia 5.0de sucesso. Nosso Instagram: adv5.0desucesso

Link para a matéria original: Empreendedorismo na Advocacia

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